INTOLERÂNCIA A LACTOSE: A GRANDE VILÃ DA ATUALIDADE
MARCELINO, EY; TAKAGAKI, KM; KOJIMA, VM; CAMPOS-NETO, JMC; CAMPOS, MRM
SANCET Laboratório Médico
Objetivo: A intolerância a lactose é uma inabilidade para digerir completamente a lactose devido à deficiência de uma enzima denominada lactase. A deficiência primária é a ausência de lactase que se desenvolve na infância. Já a deficiência secundária é a consequência de lesão no intestino delgado ou é gerada por alguma patologia. O estudo tem como objetivo identificar a incidência de intolerância a lactose na região do Alto Tietê.
Casuística e métodos: Foram avaliados 378 casos entre janeiro de 2009 e abril de 2013, levando-se em consideração a idade e o sexo do paciente. Utilizando a metodologia de teste oral de tolerância à lactose com sobrecarga de 2 g/kg do paciente, sem exceder a dose máxima de 50 gramas de lactose, dosou-se a glicemia basal. Em seguida, administrou-se a lactose e, após ingesta, dosou-se a glicemia em 15, 30 e 60 min. É considerado resultado normal se a glicemia for superior a 20 mg/dl em relação ao resultado do tempo basal. Caso o aumento da glicemia seja inferior a 20 mg/dl com relação ao resultado basal, é caracterizada a intolerância a lactose.
Resultados e conclusão: De 2009 a 2013, observamos um aumento de solicitações médicas do exame de intolerância a lactose de aproximadamente 586%. Dos pacientes analisados, 77% apresentaram intolerância a lactose, sendo a incidência maior em homens. Com relação à idade, os resultados apontam uma prevalência na incidência entre 21 a 59 anos: 59,8%. Entre 0 a 12 anos, observamos uma porcentagem de 18,6; de 13 a 20 anos, de 9,1%; e 60 a 99 anos, de 12,5%. Concluímos que nesses últimos anos está havendo um aumento drástico na solicitação desse exame, com uma alta porcentagem de pacientes com intolerância a lactose. Isso pode acarretar ao paciente não só problemas intestinais, como também problemas relacionados com falta de vitaminas encontradas nos alimentos lácteos.
Referência: FRYE, R.E. Lactose intolerance. Clinica Fellow, Departamento de Neurologia, Hospital de Criança de Boston, Escola medica Harvard, 2002.
JORNAL BRASILEIRO DE PATOLOGIA E MEDICINA LABORATORIAL
Volume 49 * Número 4
julho/agosto 2013
Página 37
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